sábado, 21 de março de 2009

CÓLICA: VOCÊ NÃO PRECISA SOFRER!

A cólica é uma manifestação normal do organismo feminino. Não existe doença, não existe cura, os sintomas melhoram muito somente enquanto a medicação for usada. É um sintoma que acompanha a menstruação e afeta 50% das mulheres em idade fértil. Também chamada de dismenorréia, é uma das principais queixas das mulheres, reponsável por perdas de produtividade nos estudos, trabalho e atividades diárias. Isso sem falar nas faltas ao trabalho.

O principal sintoma é a dor no baixo ventre ou na barriga e, em algumas mulheres, a dor parece vir das costas para a frente. É uma dor que vai e volta. Costuma aparecer algumas horas antes ou junto com a menstruação. Geralmente toda a região do abdômen fica dolorida e pode ser acompanhada de enjôos, diarréia, vômitos, cansaço, dor de cabeça, nervosismo, vertigem e, até mesmo, desmaio.

Para se entender o mecanismo da cólica, é preciso entender o que é a menstruação. A menstruação é a limpeza da camada interna do útero, que foi preparada durante o ciclo menstrual para receber a gravidez. Para evitar uma perda excessiva de sangue que acompanha essa limpeza, o organismo faz com que o útero se contraia. Quem realiza esse processo é uma substância chamada prostaglandina, que também é responsável pela dor. Essa é a chamada dismenorréia primária.

As prostaglandinas são hormônios locais, responsáveis por uma série de funções patológicas e fisiológicas, entre elas a transmissão da dor. As drogas antiinflamatórias não esteroidais são capazes de bloquear a biosíntese das prostaglandinas e, conseqüentemente, evitam a dor e a inflamação.

Já na dismenorréia secundária existe uma causa para a dor, como: alterações nos ovários, alterações no útero, endometriose, hímen sem orifício para sair a menstruação, uso de DIU (Dispositivo Intra Uterino), miomas, malformações uterinas e doença inflamatória pélvica.

TRATAMENTO

As queixas são muito comuns na adolescência, quando os ciclos passam de anovolatórios (a menina menstrua, mas ainda não está ovulando) para ovulatórios (a menstruação ocorre mais ou menos 14 dias após a ovulação).

O tratamento da dismenorréia primária é à base de antiinflamatórios não esteróides. Esses medicamentos bloqueiam a dor. Uma dica é que o medicamento seja tomado logo ao primeiro sinal de menstruação ou dor, já para evitar a formação de prostaglandinas.

Os médicos recomendam repouso, dieta leve, aplicação de bolsa de água quente no abdômen e analgésicos, além dos antiinflamatórios. Os médicos também sugerem outras ações preventivas, como a prática de atividade física e conscientização da paciente que não se trata de uma doença, mas de uma condição controlável. A cólica pode e deve ser tratada. Não faz sentido ficar sofrendo com dor.

Por Cida Lorenz

Reportagem enviada pela Mary Jane
Créditos: Site Mary Jane
www.maryjane.com.br

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